O maior
servidor
Ao
estudarmos os ensinamentos de Jesus encontramos diversas parábolas que Ele nos
deixou. As parábolas utilizam elementos, fatos e eventos da vida cotidiana para
melhor ilustrar e passar uma mensagem, a verdade moral ou espiritual. E Jesus
utilizou-se bastante deste recurso para melhor ensinar e facilitar a
compreensão.
Numa
reunião na casa de Simão Pedro, Filipe perguntou a Jesus quem era o maior dos
servidores do Pai entre os homens na terra. Resumindo e explicando este
ensinamento, que se encontra na íntegra no livro Jesus no Lar, de Chico Xavier, pelo espírito de Neio Lúcio, Jesus
pensou e pontuou trazendo o exemplo de uma determinada comunidade, que na época
havia chegado um guerreiro, que ensinou táticas de guerra, exercícios
laboriosos e sem proveito real para a necessidade daquele povo. Tempos depois,
chegou à figura do político. Que trouxe consigo uma pesada bagagem de códigos e
leis. Dividiu o povo em partidos, pobres contra ricos, servos contra os
mordomos e assim, incitava a desarmonia entre as classes deixando até hoje
escuros espinheiros de ódio, desengano e discórdia. Mais adiante, chegou o
filósofo, com grandes e antigos livros debaixo de seus braços dividindo o povo
de acordo com suas crenças. Levou o homem a pensar, porém os levou a inúteis
indagações, como questionamento de sua própria existência. Chegou ainda, outra personalidade.
Era o sacerdote, que viera munido de roupagens e símbolos, criou regras para a
adoração e o diálogo com o Pai. Ensinou os homens a dobragem seus joelhos e
orar nas horas certas. E, o último personagem do exemplo, foi o homem simples!
Este havia chegado àquela comunidade sem trazer nada em suas mãos. Nem armas,
nem escrituras, nem discussões e nem imagens. Trazia consigo um sorriso
sincero, um coração cheio de boa vontade e mãos operosas. Ensinou a todos que
quiseram lhe ouvir, trabalhou a madeira, plantou árvores frutíferas, construiu
casas e até uma modesta escola. Ao seu redor viçavam a saúde, a paz, a
fraternidade e as bênçãos que o serviço trazia.
Vamos
fazer agora uma analogia deste ensinamento de Cristo conosco. Considerei alguns
pontos mais importantes para refletirmos.
-
Será que atualmente ainda há resquícios da personalidade e comportamento das
quatro figuras anteriores que chegaram a aquela comunidade, em nós hoje?
-
Andamos demasiadamente na defensiva e articulando nossos pensamentos, gastando
nossa energia para atacar nossos algozes?
-
Agimos dentro de nosso grupo, considerando todos os outros como inferiores? E
considerando o contexto político, ainda vemos espinheiros de ódio e discórdia
daquela época nos dias atuais?
-
O que andamos cultivando em nossos pensamentos? Cuidamos em selecionar adequadamente
o conteúdo que lemos ou assistimos? Preocupamo-nos em alimentar nosso cérebro com
coisas edificantes, que elevem nosso padrão vibratório e que nos melhore como
seres humanos?
-
Você acredita que tem forma correta e horário certo para conversar ou orar a
Deus? Sua postura e oração são feitas no intimo de seu coração, entre você e
Pai? Ou adota um perfil de homem sábio da moral cristã, mas fora de seu templo
seus atos e pensamentos são opostos ao que pregas?
-
O que temos em comum com aquele homem simples? Será que agimos
desinteressadamente no bem como ele? Quem somos nós para o nosso próximo e o
que fazemos de útil e bom por ele? Conseguimos ser focos de luz onde que
estejamos? Podemos afirmar que somos agentes da paz, do amor, da harmonia, da
concórdia?
Agora
a principal pergunta! Baseando-se nesse ensinamento, será que nós somos os
verdadeiros servidores do Cristo?
Este
ensinamento aborda lindamente sobre o valor do servir.
No
livro Jesus no Lar, Chico Xavier, pelo Espírito Neio Lúcio, nos dá a resposta
para a pergunta que Filipe fez a Cristo: “... – Em verdade, há muitos
trabalhadores no mundo que merecem a bênção do Céu pelo bem que proporcionam ao
corpo e à mente das criaturas, mas aquele que educa o Espírito esterno,
ensinando e servindo, paira acima de todos”.
Então,
servir é ajudar ao próximo atendendo as suas legítimas necessidades.
Pergunto-lhes: Quem é nosso próximo? Lembremo-nos da lei do amor, faça ao
próximo o que gostaria que o próximo lhe fizesse.
EMPATIA!
Ah, que bela palavra! É a aptidão de se colocar no lugar do outra pessoa na
tentativa de entendê-la. E quando procuro entender meu próximo, reconheço nele
as suas legítimas necessidades, suas dores e aflições. Cristo se utilizou de
todo seu amor, de sua empatia para servir a todos. Por isso, Ele é o genuíno
trabalhador! E como Ele é o modelo e guia da humanidade, tem-se que o Cristão
(aquele que crer no Cristo) deve ser um servidor!
Concluímos
que se desejarmos a paz de Cristo devemos seguir seu exemplo! Adotando o papel
de servidor, tornando-nos agentes do progresso.
Procurando sempre aprimorar nossos talentos pelo estudo, reforma íntima
e o trabalhando na seara do Senhor. Fazendo como o homem simples deste
ensinamento, que a todos que lhe quisessem ouvir, ministrava-lhe o ensinamento
fraterno, utilizando seu amor, suas mãos operosas trabalhando no bem, servindo
seu próximo, sem nada pedir e sem esperar recompensas.
Fonte: XAVIER, Chico, pelo Espírito Neio
Lúcio – Livro Jesus no Lar. Capitulo 7; página 31.
Luana Cardoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário